I rise the glass - New year's toast

Um brinde à chuva.
Um brinde à neve.
Um brinde aos pés gelados e ao cieiro nos lábios.
Um brinde às bolhas.
Um brinde às ressacas.
Um brinde à vontade de ir à casa de banho.
Um brinde à matemática.
Um brinde às más notas.
Um brinde aos professoras forretas.
Um brinde ao ciume e à inveja.
Um brinde à ambição, aos pesadelos e às barras.
Um brinde às saudades.
Um brinde às mentiras.
Um brinde aos autocarros perdidos.
Um brinde às nodoas.
Um brinde à ignorancia ou à estupidez completa.
Um brinde às derrotas.
Um brinde às piadas secas.
Um brinde aos silencios de cortar a faca.
Um brinde às falsas esperanças.
Um brinde à ausencia de saldo.
Um brinde à falta de auto-estima.
Um brinde aos dias para esquecer.
Um brinde às velhas no autocarro.
Um brinde aos ricos.
Um brinde aos pobres.
Um brinde aos nada e aos zé ninguém.
Um brinde aos gozões.
Um brinde aos egoístas.
Um brinde aos interesseiros.
Um brinde às sextas feiras 13.
Um brinde à solidão.
Um brinde ao azar.
Um brinde às tradições rotineiras e aos testes mal corrigidos.
Um brinde aos irritantes.
Um brinde à falta de inspiração e imaginação.
Um brinde aos mimados.
Um brinde aos cabelos estupidos.
Um brinde ao jet set e às beatas.
Um brinde aos adversários e rivais
Um brinde à ambiguidade.
Um brinde à Pat, à Marta e à Sara.
Um brinde ao Dietl, à Xana, às Andreias, à Rita e ao Queijo e Fiambre, ao Robalo, à Necas, ao Martim e ao Tomé.
Um brinde aos que sei que lêm este blog, um brinde ao Emidio, ao Neves, ao Bernas e à Sofes, ao Pedro, à Paula, ao Stor de Filosofia e aos anónimos e aos que eu me esqueci de referir.
Um brinde ao mau feitio.
Um brinde à amizade.
Um brinde à vontade de ir embora.
Um brinde aos que nos odeiam.
Um brinde aos que nos invejam.
Um brinde aos cinicos e aos erros ortograficos.
Um brinde aos perdedores.
Um brinde à vergonha e timidez.
Um brinde à paixão errada e aos inesqueciveis.
Um brinde ao medo.
Um brinde á vontade de ter.
Um brinde ao desejo.
Um brinde ao ser.
Um brinde às inuteis tentativas de parar o tempo ou de retorceder nele.
Um brinde às inuteis tentativas de criar um mundo perfeito e uma vida perfeita.